- Vermelho. Sábado da 33ª Semana Tempo Comum
Ss. Roque González, Afonso Rodríguez e Jão del Castillo, PresbsMts, memória
1ª Leitura - 1Mc 6,1-13
Pelas iniqüidades que pratiquei em Jerusalém,
com profunda angústia, vou morrer em terra estrangeira.
com profunda angústia, vou morrer em terra estrangeira.
Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus 6,1-13
Naqueles dias: 1O rei Antíoco estava percorrendo
as províncias mais altas do seu império,
quando ouviu dizer que Elimaida, na Pérsia,
era uma cidade célebre por suas riquezas, sua prata e ouro,
2e que seu templo era fabulosamente rico,
contendo véus tecidos de ouro e couraças e armas
ali deixadas por Alexandre, filho de Filipe, rei da Macedônia,
que fora o primeiro a reinar entre os gregos.
3Antíoco marchou para lá e tentou apoderar-se da cidade,
para saqueá-la, mas não o conseguiu,
pois seus habitantes haviam tomado conhecimento do seu plano
4e levantaram-se em guerra contra ele.
Obrigado a fugir, Antíoco afastou-se acabrunhado,
e voltou para a Babilônia.
5Estava ainda na Pérsia,
quando vieram comunicar-lhe
a derrota das tropas enviadas contra a Judéia.
6O próprio Lísias, tendo sido o primeiro
a partir de lá à frente de poderoso exército,
tinha sido posto em fuga.
E os judeus tinham-se reforçado em armas e soldados,
graças aos abundantes despojos
que tomaram dos exércitos vencidos.
7Além disso, tinha derrubado a Abominação,
que ele havia construído sobre o altar de Jerusalém.
E tinham cercado o templo com altos muros,
e ainda fortificado Betsur, uma das cidades do rei.
8Ouvindo as notícias,
o rei ficou espantado e muito agitado.
Caiu de cama e adoeceu de tristeza,
pois as coisas não tinham acontecido
segundo o que ele esperava.
9Ficou assim por muitos dias,
recaindo sempre de novo numa profunda melancolia,
e sentiu que ia morrer.
10Chamou então todos os amigos e disse:
'O sono fugiu de meus olhos
e meu coração desfalece de angústia.
11Eu disse a mim mesmo:
A que grau de aflição cheguei
e em que ondas enormes me debato!
Eu, que era tão feliz e amado, quando era poderoso!
12Lembro-me agora das iniqüidades
que pratiquei em Jerusalém.
Apoderei-me de todos os objetos de prata e ouro
que lá se encontravam,
e mandei exterminar sem motivo os habitantes de Judá.
13Reconheço que é por causa disso
que estas desgraças me atingiram,
e com profunda angústia vou morrer em terra estrangeira'.
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 9,2-3. 4.6. 16b.19 (R. Cf. 15a)
R. Cantarei de alegria, ó Senhor, pois me livrastes!
2Senhor, de coração vos darei graças, *
as vossas maravilhas cantarei!
3Em vós exultarei de alegria, *
cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo!R.
4Voltaram para trás meus inimigos, *
perante a vossa face pereceram;
6Repreendestes as nações, e os maus perdestes, *
apagastes o seu nome para sempre.R.
16aOs maus caíram no buraco que cavaram, *
nos próprios laços foram presos os seus pés.
19Mas o pobre não será sempre esquecido, *
nem é vã a esperança dos humildes.R.
Evangelho - Lc 20,27-40
Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 20,27-40
Naquele tempo: 27Aproximaram-se de Jesus alguns saduceus,
que negam a ressurreição,
28e lhe perguntaram:
'Mestre, Moisés deixou-nos escrito:
se alguém tiver um irmão casado
e este morrer sem filhos,
deve casar-se com a viúva
a fim de garantir a descendência para o seu irmão.
29Ora, havia sete irmãos.
O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos.
30Também o segundo
31e o terceiro se casaram com a viúva.
E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos.
32Por fim, morreu também a mulher.
33Na ressurreição, ela será esposa de quem?
Todos os sete estiveram casados com ela.'
34Jesus respondeu aos saduceus:
'Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se,
35mas os que forem julgados dignos
da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura,
nem eles se casam nem elas se dão em casamento;
36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos,
serão filhos de Deus, porque ressuscitaram.
37Que os mortos ressuscitam,
Moisés também o indicou na passagem da sarça,
quando chama o Senhor 'o Deus de Abraão,
o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'.
38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos,
pois todos vivem para ele.'
39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus:
'Mestre, tu falaste muito bem.'
40E ninguém mais tinha coragem
de perguntar coisa alguma a Jesus.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Lc 20, 27-40
Como todos nós vivemos num mundo marcado pelo materialismo, cada vez mais somos tentados a fazer da matéria a causa da nossa felicidade e nos fecharmos nessa realidade para analisar todas as coisas e, com isso, não somos capazes de ver outros caminhos para a felicidade ou até mesmo outras condições de vida que Deus pode nos conceder para o nosso bem, como é o caso da vida eterna. O erro que os saduceus cometeram e que aparece no evangelho de hoje é esse: se tornaram tão materialistas que ficaram incapazes de abrir o próprio coração para a proposta da vida plena que nos é feita pelo próprio Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem-aventurado João Paulo II
Audiência geral de 1/2/1982
Enquanto sacramento nascido do mistério da Redenção e, em certo sentido, renascido do amor nupcial de Cristo e da Igreja (cf Ef 5,22-23), o matrimónio é uma expressão eficaz do poder salvífico de Deus, que realiza o Seu eterno desígnio mesmo após o pecado e apesar da concupiscência oculta no coração de cada ser humano, homem e mulher. [...] Como sacramento da Igreja, o matrimónio é indissolúvel por natureza. Como sacramento da Igreja, é também palavra do Espírito, que exorta o homem e a mulher a modelarem toda a sua vida em comum aurindo a sua força do mistério da «redenção do corpo». [...] A redenção do corpo significa [...] esta esperança que, na dimensão do matrimónio, pode ser definida como esperança do quotidiano, esperança do temporal [...].
A dignidade dos esposos [...] exprime-se na profunda consciência da santidade da vida à qual ambos dão origem, participando ─ como fundadores duma família ─ nas forças do mistério da criação. À luz desta esperança, que está ligada ao mistério da redenção do corpo, esta vida humana nova, o filho concebido e nascido da união conjugal do seu pai e da sua mãe, abre-se às «primícias do Espírito» «para participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus». E se toda a criação, até ao dia de hoje, geme com as dores do parto, uma esperança particular acompanha a mulher nas dores do parto: a esperança da «revelação dos filhos de Deus» (Rm 8,19-23), esperança da qual todo o recém-nascido, ao vir ao mundo, transporta em si mesmo uma centelha. [...] É a isso que se referem as palavras de Cristo, quando fala da ressurreição dos corpos [...]: «sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus».
A dignidade dos esposos [...] exprime-se na profunda consciência da santidade da vida à qual ambos dão origem, participando ─ como fundadores duma família ─ nas forças do mistério da criação. À luz desta esperança, que está ligada ao mistério da redenção do corpo, esta vida humana nova, o filho concebido e nascido da união conjugal do seu pai e da sua mãe, abre-se às «primícias do Espírito» «para participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus». E se toda a criação, até ao dia de hoje, geme com as dores do parto, uma esperança particular acompanha a mulher nas dores do parto: a esperança da «revelação dos filhos de Deus» (Rm 8,19-23), esperança da qual todo o recém-nascido, ao vir ao mundo, transporta em si mesmo uma centelha. [...] É a isso que se referem as palavras de Cristo, quando fala da ressurreição dos corpos [...]: «sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus».
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