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12 de fevereiro de 2011

São sete pães e alguns peixinhos


Sabado, dia 12 de Fevereiro de 2011


Sábado da 5a semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santa Eulália de Barcelona,
virgem e mártir, +304
,  S. Juliao

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui
Santo Ambrósio : «Se os mandar embora em jejum
para suas casas, desfalecerão no caminho»

V SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura do livro do Gênesis- 9Mas o Senhor Deus chamou o homem, 
e disse-lhe: "Onde estás?" 10E ele respondeu: "Ouvi o barulho dos 
vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me.
11O Senhor Deus disse: "Quem te revelou que estavas nu? 
Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia 
proibido de comer?" 12O homem respondeu: "A mulher que pusestes 
ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi."13O Senhor 
Deus disse à mulher: Porque fizeste isso?" "A serpente enganou-me, 
respondeu ela e eu à comi." 14Então o Senhor Deus disse à 
serpente: "Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os 
animais e feras dos campos; andarás de rastos sobre o teu ventre e 
comerás o pó todos os dias de tua vida. 15Porei ódio entre ti e 
a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, 
e tu ferirás o calcanhar." 16Disse também à mulher: Multiplicarei 
os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos 
te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio.
17E disse em seguida ao homem: "Porque ouviste a voz de tua 
mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido comer,
 maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos 
penosos o teu sustento todos os dias de tua vida. 18Ela te produzirá 
espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. 19Comerás o teu 
pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado;
 porque és pó, e pó te hás de tornar." 20Adão pôs à sua mulher o 
nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes. 21O Senhor
 Deus fez para Adão e sua mulher umas vestes de peles, e os vestiu.
22E o Senhor Deus disse: "Eis que o homem se tornou como 
um de nós, conhecedor do bem e do mal. Agora, pois, cuidemos 
que ele não estenda a sua mão e tome também do fruto da árvore 
da vida, e o coma, e viva eternamente." 23O Senhor Deus expulsou-o 
do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha 
sido tirado. 24E expulsou-o; e colocou ao oriente do jardim do 
Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar 
o caminho da árvore da vida. - Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial(89)

REFRÃO: Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
1. Antes que se formassem as montanhas, a terra e o universo, 
desde toda a eternidade vós sois Deus. - R.
2. Reduzis o homem à poeira, e dizeis: Filhos dos homens, retornai 
ao pó, porque mil anos, diante de vós, são como o dia de ontem 
que já passou, como uma só vigília da noite. - R.
3. Vós os arrebatais: eles são como um sonho da manhã, como 
a erva virente, que viceja e floresce de manhã, mas que à tarde 
é cortada e seca. - R.
4. Ensinai-nos a bem contar os nossos dias, para alcançarmos o 
saber do coração. Voltai-vos, Senhor - quanto tempo tardareis? 
E sede propício a vossos servos. - R.

Evangelho segundo S. Marcos 8,1-10.

Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e
não tinham que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: «Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de mim e não têm que comer. Se os
mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão
no caminho, e alguns vieram de longe.» Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá
alguém saciá-los de pão,
aqui no deserto?» Mas Ele perguntou: «Quantos pães
tendes?» Disseram: «Sete.» Ordenou que a multidão
se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu graças,
 partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os
distribuírem à multidão. Havia também alguns peixinhos.
 Jesus abençoou-os e mandou que os distribuíssem
igualmente. Comeram até ficarem satisfeitos, e houve
sete cestos de sobras. Ora, eram cerca de quatro mil.
Despediu-os e, subindo logo para o barco com os
discípulos, foi para os lados de Dalmanuta. 


Da Bíblia Sagrada


Reflexão:


Mc 8, 1-10 Jesus age por compaixão em relação aos sofrimentos e 
dificuldades do povo de sua época. Ele ama com amor eterno e 
o seu amor se transforma em solidariedade, em gesto concreto. 
Jesus não para diante das dificuldades que são apresentadas,
 porque sabe que o amor supera todas as dificuldades. Jesus 
leva as outras pessoas a sentirem compaixão com ele e assim 
colaborarem na superação dos problemas. Os discípulos colaboram 
na medida em que organizam o povo e distribuem os pães. Outros
contribuem também doando os sete pães, que poderiam garantir 
o próprio sustento. Assim, a compaixão cria uma rede de 
solidariedade que supera a fome no deserto.


Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor
da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de São Lucas, VI, 73-88
(a partir da trad. SC 45, pp. 254 ss. rev.)

«Se os mandar embora em jejum para 
suas casas, desfalecerão no caminho»


Senhor Jesus, sei bem que não queres deixar em jejum
estas pessoas que estão aqui comigo, mas antes
alimentá-las com os alimentos que distribuis; deste
modo, fortalecidas com o Teu alimento, não recearão
desfalecer de fome. Sei bem que também não nos queres
mandar embora em jejum. [...] Tu o disseste: não queres
que eles desfaleçam no caminho, isto é, que desfaleçam
no decurso desta vida antes de chegarem ao fim do
 percurso, antes de chegarem ao Pai e perceberem que
Tu provéns do Pai. [...]


O Senhor tem piedade, para que ninguém desfaleça no
caminho. [...] Assim como faz chover tanto sobre os
justos como sobre os injustos (Mt 5, 45), também
alimenta tanto os justos como os injustos. Não foi graças
à força do alimento que o santo profeta Elias, quase a
desfalecer, conseguiu caminhar quarenta dias? (1R 19, 8)
Foi um anjo que lhe deu esse alimento; mas a vós, é o
próprio Cristo que vos alimenta. Se conservardes o
alimento assim recebido, caminhareis, não quarenta dias
e quarenta noites [...], mas durante quarenta anos, desde
 a vossa saída dos confins do Egipto até à vossa chegada
à terra da abundância, à terra onde correm o leite e o
mel (Ex 3, 8). [...]


Cristo partilha os víveres e quer, sem dúvida alguma,
dá-los a todos. Não os recusa a ninguém, pois dá-os
a todos. Porém, quando parte os pães e os dá aos
discípulos, se não estenderdes as mãos para receber
o vosso alimento, desfalecereis no caminho. [...] Este
pão que Jesus parte é o mistério da palavra de Deus:
quando é distribuída, aumenta. A partir somente de
algumas palavras, Jesus forneceu a todos os povos um
alimento superabundante. Ele deu-nos os Seus discursos
como pães e, enquanto os saboreamos, eles multipli-
cam-se na nossa boca. [...] Quando as multidões os
comem, os pedaços tornam a aumentar, multiplicando-se.
 Tanto assim é que, no fim, os restos são ainda mais
abundantes do que os pães que foram partilhados.





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O Amor

Primeira Coríntios 13

Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria.

Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.

O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.

O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.

Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.

Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido.

Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.