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7 de janeiro de 2011

Jesus é que deve crescer, eu diminuir


Sabado, dia 08 de Janeiro de 2011

Sábado depois da Epifania


Hoje a Igreja celebra : S. Severino, abade, +482,  S. Pedro Tomás, patriarca, mártir, +1366

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João Escoto Erígena : «Ele é que deve crescer, e eu diminuir.» 


Evangelho segundo S. João 3,22-30.

Depois disto, Jesus foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava. Também João estava a baptizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser baptizada. João, de facto, ainda não tinha sido lançado na prisão. Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está a baptizar, e toda a gente vai ter com Ele.» João declarou: «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu. Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à sua frente.' O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa! Ele é que deve crescer, e eu diminuir.» 


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

João Escoto Erígena (?-c. 870), beneditino irlandês
Homilia sobre o Prólogo do Evangelho de João, cap. 16 (a partir da trad. SC 151, p. 281 rev.)

«Ele é que deve crescer, e eu diminuir.»


«João não era a Luz, mas dava testemunho da Luz» (Jo 1, 8). O precursor da Luz não era a Luz. Então por que se lhe dá o nome da lamparina acesa (Jo 5, 35) e de estrela da manhã? Ele era uma lamparina acesa, uma lamparina que ilumina, mas o fogo com que ardia não era o seu, a luz com que brilhava não era a sua. Ele era a estrela da manhã, mas não era a fonte da sua própria luz; era a graça Daquele de Quem ele era o precursor que ardia e resplandecia nele. Ele não era a Luz, mas participava desta Luz; aquilo que brilhava nele e por ele não era dele. [...]


Com efeito, criatura alguma, por muito  dotada de razão ou de inteligência que seja, é luz por si mesma, na sua própria substância; todas participam da Luz única e verdadeira, da Luz substancial que está em todas as coisas que a nossa inteligência vê brilhar.





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O Amor

Primeira Coríntios 13

Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria.

Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.

O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.

O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.

Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.

Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido.

Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.