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1 de agosto de 2010

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 01 de Agosto de 2010

18º Domingo do Tempo Comum - Ano C


Hoje a Igreja celebra : Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787

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São Basílio : «Ser rico aos olhos de Deus»


Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.

Dentre a multidão, alguém lhe disse: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.» Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?» E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.» Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita. E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?' Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens. Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.' Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?' Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.» 


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Basílio (c. 330-379), monge e Bispo de Cesareia da Capadócia, Doutor da Igreja
Homilia 6, sobre as riquezas; PG 31, 261ss. (a partir da trad. Luc commenté, DDB 1987, p. 109 rev.)

«Ser rico aos olhos de Deus»


«O que hei-de fazer? Onde encontrarei que comer? Que vestir?» Eis o que diz este rico. O seu coração sofre, a inquietação devora-o, porque aquilo que regozija os outros acabrunha o avarento. O facto de todos os seus celeiros estarem cheios não é para ele motivo de felicidade. O que atormenta dolorosamente a sua alma é esse excesso de riquezas, transbordando dos seus celeiros. [...]


Considera, homem, quem te cumulou com a sua generosidade. Reflecte um pouco sobre ti mesmo: Quem és tu? O que é que te foi confiado? De quem recebeste este cargo? Porque foste tu escolhido, de preferência a muitos outros? O Deus de bondade fez de ti Seu administrador; tu és responsável pelos teus companheiros de trabalho: não penses que tudo foi preparado apenas para ti! Dispõe dos bens que possuis como se eles pertencessem aos outros. O prazer que eles te proporcionam dura pouco, em breve eles te vão escapar e desaparecer, mas ser-te-ão pedidas contas rigorosas. Ora, tu guardas tudo, tens portas e fechaduras aferrolhadas; e embora tenhas tudo muito bem fechado, a ansiedade impede-te de dormir. [...] 


«O que hei-de fazer?» Havia uma resposta pronta: «Encherei as almas dos famintos; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que têm necessidade. [...] Farei ouvir uma palavra generosa: Vós todos que tendes fome, vinde a mim, tomai a vossa parte dos dons concedidos por Deus, cada qual segundo as suas necessidades.»





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O Amor

Primeira Coríntios 13

Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria.

Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.

O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.

O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.

Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.

Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido.

Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.