Dia: 27/08/2010
Primeira Leitura: 1º Coríntios 1, 17-25
SANTA MÔNICA ESPOSA E MÃE
(branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)
Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios - Irmãos 17Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo. 18A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. 19Está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e anularei a prudência dos prudentes (Is 29,14). 20Onde está o sábio? Onde o erudito? Onde o argumentador deste mundo? Acaso não declarou Deus por loucura a sabedoria deste mundo? 21Já que o mundo, com a sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem. 22Os judeus pedem milagres, os gregos reclamam a sabedoria; 23mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; 24mas, para os eleitos - quer judeus quer gregos -, força de Deus e sabedoria de Deus. 25Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial(32)
REFRÃO: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!
1. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! /Aos retos fica bem glorificá-lo./ Dai graças ao Senhor ao som da harpa,/na lira de dez cordas celebrai-o!-R.
2. Pois reta é a palavra do Senhor, /e tudo o que ele faz merece fé. / Deus ama o direito e a justiça, / transborda em toda a terra a sua graça.-R.
3. O Senhor desfaz os planos das nações/ e o projetos que os povos se propõm. / Mas os desígnos do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, / de geração em geração, vão perdurar.-R.
Evangelho: Mateus 25, 1-13
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. 2Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. 3Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. 4As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. 5Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. 6No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. 7E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. 8As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. 9As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. 10Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. 11Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! 12Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! 13Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. - Palavra da salvação.
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para Domingos e festas de santos (a partir da trad. de Bayart, Edições franciscanas 1944, p. 238)
«Aí vem o noivo!»
Entre Deus e nós reinava uma grave discórdia. Para a apaziguar, para refazer o bom entendimento, foi necessário que o Filho de Deus desposasse a nossa natureza. [...] O Pai consentiu e enviou o Seu Filho. Este, no leito nupcial da bem-aventurada Virgem, uniu a nossa natureza à Sua. Tais foram as bodas que o Pai preparou para o Seu Filho. O Verbo de Deus, diz São João Damasceno, tomou tudo o que Deus tinha colocado na nossa natureza: um corpo e uma alma racional. Ele tomou tudo isso para me salvar por inteiro, pela Sua graça. A Divindade humilhou-Se ao ponto de fazer este casamento; a carne não poderia nunca ter contraído casamento mais glorioso.
As bodas ainda hoje se celebram, quando sobrevém a graça do Espírito Santo para operar a conversão de uma alma pecadora. Lemos no profeta Oseias: «Voltarei ao meu primeiro marido, porque eu era outrora mais feliz do que agora» (2, 9). E mais adiante: «Naquele dia – oráculo do Senhor – ela me chamará: «Meu marido» e nunca mais: «Meu Baal». Tirarei da sua boca os nomes de Baal. [...] Farei em favor dela, naquele dia, uma aliança com [eles]» (cf. 18-20). O esposo da alma é o Espírito Santo, pela Sua graça. Quando a Sua inspiração interior convida a alma à penitência, são vãos todos os apelos dos vícios. O mestre que dominava e devastava a alma é o orgulho que quer comandar, é a gula e a luxúria que devoram tudo. Até os seus nomes são retirados da boca do penitente. [...] Quando a graça se derrama na alma e a ilumina, Deus faz uma aliança com os pecadores. Reconcilia-Se com eles. [...] Nessa altura, celebram-se as bodas do esposo e da esposa, na paz de uma consciência pura.
Por fim, celebram-se as bodas no dia do juízo, quando vier o Esposo, Jesus Cristo. «Aí vem o noivo, dir-se-á, ide ao seu encontro!» Então, Ele tomará consigo a Igreja, Sua esposa. «Vem cá, diz São João no Apocalipse, vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro. E mostrou-me a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu» (21, 9-10). [...] Actualmente, não poderemos viver no Céu senão pela fé e pela esperança; mas, dentro de algum tempo, a Igreja celebrará as bodas com o seu Esposo: «Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro!» (Ap 19, 9).
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O Amor
Primeira Coríntios 13
Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria.
Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.
O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.
O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.
Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido.
Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.
Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria.
Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.
O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.
O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.
Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido.
Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.
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