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19 de agosto de 2010

Amarás o teu próximo como a ti mesmo





Dia: 20/08/2010
Primeira Leitura: Ezequiel 37, 1-14










SÃO BERNARDO ABADE E DOUTOR(branco, préfacio comum ou dos santos - ofício da memória)


Leitura da profecia de Ezequiel - Naqueles dias, 
1A mão do Senhor desceu sobre mim. Ele me arrebatou em espírito e me colocou no meio de uma planície, que estava coberta de ossos. 2Ele fez-me circular em todos os sentidos no meio desses ossos numerosos que jaziam na superfície. Vi que estavam inteiramente secos. 3Disse-me o Senhor: filho do homem, poderiam esses ossos retornar à vida? Senhor Javé, respondi, só vós o sabeis. 4Ele disse-me então: Profere um oráculo sobre esses ossos. Ossos dessecados, dir-lhes-ás tu, escutai a palavra do Senhor: 5Eis o que vos declara o Senhor Javé: vou fazer reentrar em vós o sopro da vida para vos fazer reviver.6Porei em vós músculos, farei vir carne sobre vós, cobrir-vos-ei de pele; depois farei entrar em vós o sopro da vida, a fim de que revivais. E sabereis assim que eu sou o Senhor. 7Profetizei, pois, assim como tinha recebido ordem. No momento em que comecei, um barulho se fez ouvir, em seguida um ruído ensurdecedor, enquanto os ossos se vinham unir aos outros.8Prestando atenção, vi que se formavam sobre eles músculos, que nascia neles carne e que uma pele os recobria. Todavia, não tinham espírito.9Profetiza ao espírito, disse-me o Senhor, profetiza, filho do homem, e dirige-te ao espírito: eis o que diz o Senhor Javé: vem, espírito, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que revivam. 10Proferi o oráculo que ele me havia ditado, e daí a pouco o espírito penetrou neles. Retornando à vida, eles se levantaram sobre seus pés: um grande, um imenso exército.11Então o Senhor me disse: filho do homem, esses ossos são toda a raça dos israelitas. Eles dizem: nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta; estamos perdidos! 12Por isso, dirige-lhes o seguinte oráculo: eis o que diz o Senhor Javé: ó meu povo, vou abrir os vossos túmulos; eu vos farei sair deles para vos transportar à terra de Israel. 13Sabereis então que eu é que sou o Senhor, ó meu povo, quando eu abrir os vossos túmulos e vos fizer sair deles, 14quando eu meter em vós o meu espírito para vos fazer voltar à vida e quando vos hei de restabelecer em vossa terra. Sabereis então que sou eu o Senhor, que o disse e o executei - oráculo do Senhor. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(106)

REFRÃO: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom , / porque eterna é a sua misericórdia!
1. Que o digam os libertos do Senhor, / que da mão dos opressores os salvou / e de todas as nações os reuniu, / do oriente, ocidente, norte e sul.-R.
2. Uns vagavam, no deserto, extraviados, / sem acharem o caminho da cidade. / Sofriam fome e também sofriam sede, / e sua vida ai aos poucos definhando.-R.
3. Mas gritaram ao Senhor na aflição,/ e ele os libertou daquela angústia./Pelo caminho bem seguro os conduz/para chegarem à cidade onde morar.-R.
4. Agradeçam  ao senhor por seu amor/e por suas maravilhas entre os homens!/Deus de beber aos que sofriam tanta sede / e os famintos saciou com muitos bens!-R.


Evangelho: Mateus 22, 34-40



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo,34Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se 35e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova:36Mestre, qual é o maior mandamento da lei? 37Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5). 38Este é o maior e o primeiro mandamento. 39E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).40Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas. - Palavra da salvação.

Papa Bento XVI 
Encíclica «Deus caritas est», § 18 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) 
«Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas»
A necessária interacção entre o amor a Deus e o amor ao próximo [...]. Se na minha vida falta totalmente o contacto com Deus, posso ver no outro sempre e apenas o outro, e não consigo reconhecer nele a imagem divina. Mas, se na minha vida negligencio completamente a atenção ao outro, importando-me apenas ser «piedoso» e cumprir os meus «deveres religiosos», então definha também a relação com Deus. Neste caso, trata-se duma relação «correcta», mas sem amor. Só a minha disponibilidade para ir ao encontro do próximo e demonstrar-lhe amor me torna sensível também diante de Deus. Só o serviço ao próximo abre os meus olhos para aquilo que Deus faz por mim e para o modo como Ele me ama. 


Os Santos — pensemos, por exemplo, na Beata Teresa de Calcutá — hauriram a sua capacidade de amar o próximo, de modo sempre renovado, do seu encontro com o Senhor eucarístico, e vice-versa, este encontro ganhou o seu realismo e profundidade precisamente no serviço deles aos outros. 
Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento. Mas, ambos vivem do amor preveniente com que Deus nos amou primeiro. Deste modo, já não se trata de um «mandamento» que do exterior nos impõe o impossível, mas de uma experiência do amor proporcionada do interior, um amor que, por sua natureza, deve ser ulteriormente comunicado aos outros. O amor cresce através do amor. O amor é «divino», porque vem de Deus e nos une a Deus, e, através deste processo unificador, nos transforma em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja «tudo em todos» (1 Cor 15, 28). 





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O Amor

Primeira Coríntios 13

Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria.

Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.

O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.

O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.

Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.

Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido.

Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.